segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bujingangas!

Ontem, enquanto arrumava a minha estante de livros, achei uma coisa especial. Sabe aquele tipo de coisa que só tem importância pra você e pra mais ninguém. Era uma grande besteira, portanto não crie grandes expectativas, nem pense que era um gênio da lâmpada. O que encontrei no meio de tanta bujinganga e coisas velhas foram três folhas A4 grampeadas e impressas com a fonte Lucida Console. O texto foi escrito em outubro de 2008 e eram palavras de agradecimento que eu leria no meu aniversário que seria comemorado entre amigos.

Nos textos eu usava palavras que revelavam gratidão e uma emoção atípica em relação à coisas e pessoas que, algumas, já nem causam mais a mesma emoção, mas que sempre serão fundamentais para o que sou.

Um ser, tão inconstante como o meu, sempre se surpreende com essas lembranças de regresso que resgatam, ora a doçura, ora a acidez de quem já fui. Pensei, então, que no meio das nossas bujingangas é possível encontrar tesouros. Precisosidades que talvez só tenham significado pra quem as guardou e nesse reencontro descobrimos recortes de vida
que já foi gasta, vida que já foi vivida. Tê-las de novo é como revivê-las em uma outra dimensão. O que bagunçava meus sentidos em 2008, possivelmente, não bagunce mais agora, mas quando eu saboreio, de novo, aquele gostinho adocicado da paixão, do desejo, do sonho que já não é mais, me revigoro e certifico-me de que quero viver, saborear e lamber os dedos com o prazer de que só quem vive pode provar!