domingo, 14 de abril de 2013


Depois de 5 anos, cá estou relembrando da expectativa que circundava minha vida na segunda semana do mês de abril do ano de 2008. Eu estava para me iniciar num trabalho novo. Largar toda aquela minha vida maluca para me adaptar a uma rotina de 'servidor público'. Eu nunca havia pensado em mim assim, atrás de uma mesa, carimbando papéis, atendendo ligações e tomando cafezinho o tempo todo, mas, para a minha surpresa, eu A. D. O. R. E. I.!
No dia 14 de abril de 2008 eu comecei a trabalhar no Conselho Federal de Medicina e adorei ter rotina. Adorei ter hora pra entrar e pra sair, hora pra lanchar, hora de escovar os dentes e hora do mutirão para alguma tarefa extra.
Foi nesse novo ofício que, durante cinco anos, entre plenárias, papéis carimbados e juntados, gráficos coloridos, telegramas enviados e ligações atendidas de gente que, na maioria das vezes, eu não pude ajudar, eu conheci pessoas maravilhosas!
Pessoas com a habilidade de transformar a rotina chata em piada; pessoas que choram e que riem com facilidade; pessoas admiráveis, pessoas competentes, pessoas incríveis que são frágeis, mas também sabem ser fortes; pessoas que acertam, pessoas que erram; pessoas que perdem, pessoas que vencem; pessoas desligadas; pessoas neutras; pessoas de todos os tipos e tamanhos. E no meio de tanta diversidade eu só podia aprender e crescer! 
Descobri, com a convivência rotineira, grandes amizades. A começar pela menina de trancinhas, que tem até nome esquisito: Uiana, mas, que me inspirou uma confiança sem tamanho e tão rapidamente me fez aprender o oficio de ser uma colaboradora do Setor de Processos. E, se eu não me saí tão bem, a culpa é sua, viu Uiana?
Não posso deixar de falar dos meninos, Peter e Danilo que, logo no início, foram tão atenciosos e até me ensinaram a usar a máquina pra pegar chocolate quente. Tenho que falar da Ana Cristina Rezende Costa (ex-Silva) que sempre iluminou o setor com sua alegria e espontaneidade e, claro, da Marzi, a chefona, de quem eu morria de medo, mas com o passar dos dias fui aprendendo a admirar. Mary, Flávia, Leda, Flávio que sempre me deram uma força no trabalho e também o Nilo, a Raquel (minha subordinada de quem vou sentir muita falta) e o Geraldo que chegaram depois.
E com todo o meu carinho, levo as melhores lembranças das minhas amigas: Jeane (que, além de me influenciar de maneira tão positiva, me ensinou coisas de vida que vão além das palavras), Laryssa (que chegou com aquele jeitinho empinado, mas que logo se mostrou uma figura tão querida, criativa, com um humor tão inteligente, com quem eu dividi a autoria de ideias amalucadas que só deram certo porque a gente fez com todo carinho) e Cris (que chegou depois, mas conseguiu, mesmo sendo tão Cris, um espaço no meu coração). 
É claro que existem muito mais coisas subjetivas e grandiosas que não dá pra dizer sobre todos vocês e sobre os anos que fiquei aqui, no Conselho. Mas, como a vida tem que rolar, e a vida é agora, o medo que um novo desafio me traz só é superável porque eu sei que tudo o que vivi e aprendi durante esses exatos 5 anos, dentro e fora do CFM, trouxeram-me momentos únicos, experiências inestimáveis e pessoas maravilhosas, que agregaram à minha existência a certeza de que a vida estará sempre a me mostrar novos rumos, novos sonhos, novas possibilidades!