Eu me escondo
Na pálida solidão
É onde encontro
Uma secreta ilusão
Que me domina
Me faz querer mais
Um doce estranho que cultiva
A dor severa dos meus ais
Às vezes consigo rir
Outras vezes sinto náuseas
E nem há mais sentir
Enquanto o tempo se espalha
E se derrama todo
Brincando
[pra que eu me distraia]
Envelhece a cara, o corpo, a pele
Enrijece a alma, o ser, a sege
E Fortalece!
Já não sei se é solidão que me dói
Porque, agora, sinto a leveza dos meus passos
E vou seguindo nessa alva áurea que me constrói
Um ser infante ocupante do meu mesmo espaço