quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Eu me escondo 
Na pálida solidão
É onde encontro
Uma secreta ilusão

Que me domina
Me faz querer mais
Um doce estranho que cultiva 
A dor severa dos meus ais

Às vezes consigo rir
Outras vezes sinto náuseas
E nem há mais sentir
Enquanto o tempo se espalha

E se derrama todo
Brincando
     [pra que eu me distraia]

Envelhece a cara, o corpo, a pele
Enrijece a alma, o ser, a sege 

E Fortalece!

Já não sei se é solidão que me dói
Porque, agora, sinto a leveza dos meus passos
E vou seguindo nessa alva áurea que me constrói
Um ser infante ocupante do meu mesmo espaço