segunda-feira, 27 de junho de 2016

laraiê

sombreia e
acalma esse meu fogo 
q ainda se vê em fagulhas
de velhos suspiros

sopra e reacende
a brasa q persiste
e insiste em mais aquele minuto
de iluminação quente e
fumegante!
ofegante
calorosa
quente
braços do mundo
em mim
calor do sol de inverno
frescor da tarde quente de verão
lua, estrela incandescente 
gota de orvalho
escorrendo pela folha longa
de uma bananeira nova
ainda sem frutos (amarelos)
ignoro a gota escorrendo,
até que ela, tocando em meu rosto,
faz existência para o resto de mim

e deságua uma alma terna e tímida
que vai jorrando aos cântaros,
enquanto o canto, o cantar...
lá rai ê.