eu parada na parada

pensando se to preparada 

pros break q a vida dá 

se é o break q faz suingar 

porque evitar?

a mesmice da constância as vezes me enjoa

o mesmo círculo, o mesmo vício 

a carência com cara de doutor que cura

mentira verdade 

isso acho que nem vc sabe

e não é esse o contrário?

oposta de fogo e ar

complementar

uma metade 

unha escarlate

cinza pérola grito inveja

névoa de véu e cristal

nem tudo que brilha imita a luz do sol

natureza é gira 

tipo a roda da vizinha

que grita e recomeça 

o engate da tia Rita

o salto da maria avida cheia de vida

avisa quem vem lá?

diz quem é que tá por trás desse armário 

não é dentro, 

lá eu nunca coube,

é na floresta escura noturna

sempre de costas pra ela eu lá 

vidrada em pertencer e ser desse mundo

de cá 

mas nunca, nunca me aceitariam assim

eu sabia!

e pra floresta eu não qria nem olhar

um dia eu vi um biscoito gigante 

com bracinhos e pernas 

coberto de açúcar e

eu tive medo dele

não era assustador mas em algum lugar de mim 

algo se abalou

fechei o olho mas logo abri

vi que podia trocar uma ideia com ele

talvez perguntar as horas como eu sempre fazia quando tinha receio

ele tava lá parado e não fazia nada

a não ser deixar minha cabeça a mil

fiquei dias tentando entender porque 

aquele biscoito gigante era importante pra mim e não saía da minha cabeça 

um idiota, concluí

o que me assustava nele era o tipo idiota 

que eu tanto temia

era tu? 

então é de tu que eu tenho tanto medo quando estou perto de outras pessoas?

medo de ser idiota

comecei a olhar mais pra floresta 

do que pro armário q me separava da minha família. 

não eu não sou ridícula!

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