sábado, 26 de janeiro de 2008

Um Bom Idiota!

Escrever idiotices é escrever com liberdade. Sem pretensões de ser compreendido ou admirado. Escrever com ausência de inteligência sem se preocupar em obtê-la em momento algum. É estar vazio e desocupado, deixando que as palavras completem-se em si mesmas, totalmente desprovidas de conceitos e aprendizados que condicionam nossos pensamentos. É ser essencialmente ‘o ser’. Nu e cru!
Então, afinal somos todos idiotas? No bom sentido, sim! Quando estamos nus e crus podemos ser bons idiotas – se é que existe um bom idiota – libertos do que o tempo e as imposições foram construindo em nosso ser. Despir-nos de quem se formou em nós e voltarmos às nossas origens - “nus e crus” - traz-nos a possibilidade de reconstrução, de recomeço. Então, nesse processo de recomeço e reaprendizagem do ser, reconstruo meus conceitos e ideologias embasando-me na certeza de que jamais serei nada além de um bom idiota que depende, o tempo todo, de pessoas que estarão sendo fundamentais nessa reconstrução.

Não me preocupo mais se me chamam de idiota, pois se a ausência de inteligência, a ignorância, o estar vazio me transformam em um idiota, estarei, cada vez mais dependente de pessoas que me completam!

Essa é a proposta de Jesus à Nicodemos: Renasça e reconstrua o seu ser em mim!