terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Por quês????

Nada pode ser imparcial.
Nenhum pensamento surge do nada, sem a intervenção do interesse, da paixão, do desejo. Nossos conceitos, quase todos, são originados pelo meio em que estamos inseridos e quase nunca questionamos ou perguntamos por que e como estamos aqui. Até o que sentimos é moldado pela fôrma que nos colocam, nos ensinando a sentir. Sentimos compaixão, enquanto outros, pelo mesmo motivo, sentem repugnância. Sentimos ódio, quando outros sentem amor. Choramos ao invés de sorrir e gargalhamos quando deveríamos gritar.
Por que seres humanos com a mesma formação biológica são tão diferentes e tão distantes? Existem bilhares de perguntas que poderiam ser respondidas se, pudéssemos responder essa. Mas, não há explicação, não há forma, nem lógica para tudo isso. As religiões jamais explicarão. A história, tampouco, pois ela se mostra apenas como a ponta do iceberg ou como uma das gotas que compõem o oceano. E o que dizer da ciência? Estarão na ciência as soluções para essas questões sem respostas?
A ciência surge como uma destemida estrategista que arrisca, que erra, que analisa o real e dá as suas respostas secas e lógicas, totalmente distantes da humanidade daqueles que fazem as perguntas. A matemática não sabe e nem pode nos dizer os por quês. Seus números não entendem a finalidade, o sentido, a essência. Compreendem apenas os resultados. Então sugiro que estudem os próprios questionadores. Quem sabe eles terão as respostas? Epa! Peraí! Como o homem estudaria o próprio homem. A sociologia, filosofia, antropologia, psicologia e outras ciências o fizeram, mas volto a lembrar-lhes que nada pode ser imparcial. O homem seria levado a uma análise carregada de emoções e sentidos sazonais, onde não se pode excluir a percepção, as alterações psíquicas e a influência cultural que carrega cada ser humano. O homem que estuda o homem jamais estará distante de seu objeto de estudo, conseguindo no máximo entender os meios, a forma, as medidas e talvez até algumas receitas de convivência e humanização. Mas, jamais responderão os por quês e entenderão a essência.
Ouso dizer-lhes, então, que a resposta está na natureza. Mas na natureza de Galileu que usava a linguagem dos números? Ou a natureza pura e simples como ela mesma? O sol, a chuva, o mar, as grandezas, as forças, os impulsos, os elementos...? Quem poderia entendê-la? Como entendê-la se ela é tão inconstante e de tão pura, chega a uma complexidade inatingível, pois não necessita da intervenção nem das “respostas” do homem para existir.
Então surge em minha mente, soberano, livre de alterações, cheio de verdade e grandeza... Um único digno capaz de responder a tudo e a todos: O CRIADOR! O criador de todas as coisas nos olha com seu olhar doce e singelo e, calorosamente, nos diz que a única verdade está nele. E que a finalidade, a origem e tudo o mais está nEle e é para Ele.
As perguntas se calam. As respostas já não têm a menor importância, pois toda a natureza se prostra e exalta ao seu Criador...
... Porque por ele, para ele e por meio dele é que todas as coisas existem. Então as dúvidas se dissipam e a única coisa que continua fazendo sentido é o seu amor e sua vida em mim!