terça-feira, 20 de maio de 2008

A liberdade, em todas as suas formas de expressão, é a busca incessante do ser humano desde seus primeiros dias como ser vivente. O ato de nascer, em si, nos remete a um conceito de liberdade. No decorrer da história, foi ela – a liberdade – o ícone de triunfo de tantos heróis e em toda a sua significância é uma palavra que nos trás dignidade, esperança, força, desejos, vida. Explícito um conceito sobre liberdade, logo surge outro, outro e outro, até descobrirmos que pouco sabemos sobre ela. Os elos de uma corrente, ao serem rompidos, podem não significar liberdade, logo, se pode concluir que a liberdade se dá na mente e não no corpo.
Ora, se aqui afirmo que a liberdade se dá na mente, como saberemos então que um ser é “liberto”, se não podemos vê-la nem materializá-la? Paulo Freire diz que a educação é a prática da liberdade. Sendo assim, seres libertos são seres educados. A educação – e aqui me refiro ao saber, ao conhecer – liberta a mente, pois ela nos trás novas possibilidades, novos caminhos. Uma mente educada está habilitada a julgar, a querer, a desejar e, conseqüentemente, uma mente educada conhecerá o poder. Não um poder que domina, mas um poder que liberta! Uma mente liberta não se deixa escravizar por convenções, por preconceitos e estereótipos humanos. Uma mente educada compreende as diferenças e pratica a liberdade podendo escolher e julgar, lutando contra as injustiças e confrontando a “escravidão” imposta às mentes “deseducadas”.
Assim, a liberdade é conquistada nas mentes e nos corações. As armas talvez não trarão liberdade. As guerras, talvez, a distancie de nós. Uma economia estável e um policiamento reforçado não nós mostrará os rumos da liberdade. Mas, a mente e o coração que anseia pelo saber, pelo conhecer estará a um passo de ser livre. Livre de si mesmo, livre para não mais temer a dúvida ou duvidar da vida. Livre para renunciar a “escravidão”, livre para sonhar e acreditar no poder de ser livre!