É preciso muito esforço para compreender algumas coisas
Mesmo sabendo que talvez ninguém nunca consiga o esforço continua
A compreensão pode nunca ser vislumbrada
Mas, por certo, nas inúmeras tentativas, percebe-se algo
O algo que jamais se ousa pensar
O algo que nunca imagina-se compreender
E assim os caminhos se vão
Do nada o tudo!
Do tudo o nada!
Das maiores convicções a incerteza!
Das melhores intenções a dúvida!
Do milagre exije-se a prova
E que o santo habite em outra casa
Pois dizem por aí que os de casa não obram
Coisas humanizadas e humanos coisificados
Do Bom o mal
Do Mau o bem
Para a figueira seca, o fim
Para o grão de mostarda, a grandeza
E para o mal que é feito em lugar do bem
Misericórdia ! Todas as manhãs!
É por isso e, somente por isso que não somos consumidos!