Hoje eu recebi uma boa notícia!
Não é todo dia que se recebe uma notícia boa em um tempo onde as pessoas (e eu me incluo nessa) só falam em dívidas, em dúvidas, em ter e ter cada vez mais que se alimenta de um querer insaciável. E quando não estão falando de si mesmas, estão preocupadas com as coisas que possam afetar sua "felicidade" desenhada com as tintas do maçante egoísmo. Que notícia, então, além de uma promoção, ou de um acréscimo inesperado no orçamento, poderia ser tão boa assim?
Vou dizer! É aquele tipo de novidade que vem sem palavras, sem introduções, sem condições, sem grandes expectativas, mas vem! Vem de um jeito tímido, mas faceiro. De um jeito de como quem não quer nada e acaba enchendo quase todo o coração de satisfação e emoção. O tipo de notícia que não vem aos berros, mas chega sussurrada e nos convida ao embalo de sua certeza. Se revela aos poucos e vai buscando na memória as lembranças que a tornam convicta. É a boa nova que chega quase todos os dias, mas nem todos os dias os nossos ouvidos estão atentos pra ouvir, nem nossos sentidos sensíveis o suficiente pra sentir.
Tudo bem, eu vou dizer!
Me refiro à boa nova da vida que me acordou hoje com chuva, mas me fez agradecer. À boa nova da Providência que está sempre ali me fazendo existir. Eu falo da boa nova da amizade que mesmo diante das surpresas, se traduz em saudade, ou em parceria, ou em gratidão. E, pra que tudo passe a ter sentido, não há como não falar da Boa Nova - agora me refiro à maior de todas - que trouxe significado à toda existência, fulgor à todas as boas emoções e motivo para que tenhamos em todos os dias boas notícias!
