quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Ilha no Espaço

Cheguei em casa às 22:45, depois de assistir a uma cansativa aula de Teoria Literária. Estava exausta e ainda tinha que fazer uma porção de deveres domésticos antes de ir dormir, mas eu carregava na bolsa um livro. Um livro de Osman Lins, um escritor pernambucano, indicado a mim por um atencioso colega de sala. E quando tem um livro desconhecido passeando lá por casa, eu não resisto a curiosidade e preciso ler, sem demora, pelo menos o prefácio, pra saber do que se trata, oras! 
Depois do banho, já com o corpo relaxado, me sentei no sofá com a desculpa de esperar a máquina terminar de lavar a roupa e, com o livro em mãos, comecei a ler o primeiro parágrafo, deslizei pelo segundo, pelo terceiro, quarto. Olhei o relógio e continuei... Então me deparei com uma narrativa encantadora. Rápida, direta, em formato de novela, porém intensa, vibrante e - o melhor de tudo - cotidiana. 
Fui emendando um capítulo no outro até concluir as 44 páginas da 2ª edição de "A Ilha no Espaço", publicado pela editora Summus. Em menos de uma hora me deliciei com reflexões sobre o que é aparente e o que é essencial, sobre as justificativas que a ganância oferece e os significados e significantes da vida.

A máquina já tinha parado de funcionar e o sono começava a chegar, mas a leitura não podia esperar!
E não podia mesmo porque valia, literalmente, a "pena", ou a velha máquina de escrever de Osman Lins!!!

Máquina de Escrever de Osman Lins

Osman Lins