eu sabia de tudo desde sempre,
mas quem era eu nesse rolê todo?
quem sou eu?
quem é essa que precisa tanto dela
pra se validar?
delas, deles!
não é delxs q se trata
é de você!
é de mim que se treta!
é a minha verdade que eu falo
não a de mais ninguém
e eu abro sim a janela pra tristeza
eu rimo sim amor com dor
e acho que a tarde inteira cabe em mim
eu não sei quem é essa que eu não vejo
e procuro
procuro no horizonte
um porvir ameno legítimo seguro
e sei que ele nunca vai estar
enquanto peregrina eu for
peregrina eu estou
peregrina eu sou aqui
nessa terra
nesse corpo
nessa plantação
de pó cósmicos encarcerados
na carne que me assola
limite prosa peito verso
feitura de aranha arranhando o ar
veneno na pele fina de pescoço
cobra dançando no piso da sala
fogo pele de lagarta
e eu nem sei como ela foi parar lá
mas ela existia ali
como existe tudo o que há
e não há como negar
tá ali em vida
respirando ar no pedaço poroso do que é
um palhaço sábio
veio me contar sobre os opostos
me ensinou que rir também faz aprender
desastrado ele
chega tirando as coisa do lugar
em ventania mostra que as vezes
pra arrumar tem q bagunçar
não adianta colar um cristo
numa raiz morta
se o que eu sou nem eu mesma vejo
não adianta colar a fé dosotro
na minha q tá tão funda
e é tão antiga
sem livro, sem receita, pouca lenda
e as muitas histórias?
apagadas desse mundo
mas o meu mundo nunca esquece
me lembra em pesadelos, sonhos, sombras
daquele poderzao do euzao q me habita
eu sabia, sempre soube
porque tudo sempre esteve aqui!
heyoka ???? Ler mais sobre