um sonho antigo
um grito
uma explosão
eu no meio disso tudo sem entender
sem lembrar de nada
um passado tão presente
que nunca deixou de estar
na memória pólvora
cheiro de nada q faça sentido
lisura em plástico
guarda o lixo em sacos
amontoados
em espaços abandonados
quem esqueceu?
quem finge que não lembra?
quem esquece de tudo?
e quem não apaga nada?
eu não quero lixo amontoando
nos meus escuros,
lugar que ninguém vê!
faz de conta
e corre todo dia
que da conta da rotina
de ser desse jeito bem sucedido
deles: pacífica
bela e recatada
eu que não sou mancha
de credo nenhum
sou a minha própria mancha
uma mancha brilhosa invadiu
grande parte do oceano e eu sabia
vinha de algum lugar
eu não qria ser a que fingia que nada acontecia
tem lixo no mar
tem coisa esquecida
imagina se as águas não cobrissem o mar?
imagina eu e tu sendo água, sendo o todo
sendo também o mar!
tem lixo no mar!
tem coisa esquecida...