é o velho medo vindo
às vezes se veste de culpa,
mas pode ser também preguiça pra autorreflexão
será q tem mesmo um jeito certo de viver, de agir
pra que a minha vida e vinda ao mundo não seja tão insignificante?
como não seria, né? acho que é de insignificâncias mesmo que vem o significado das coisas.
uma coisinha tão pequena
uma gota um vírus uma faísca
a vela inteira sem o pavio,
miúdo que seja,
num queima, num clareia
não teima
que o que eu digo
anseia qualquer seita
e aceita o que preceita
na ceia de sexta feira
salto livre de uma pedra gigantesca na cachu
e só eu a deslizar descalça pra não arriscar a nudez do modo
como o medo me solavanca a esperança