segunda-feira, 20 de abril de 2009

laissez faire, laissez aller, laissez passer

“deixai fazer, deixai ir, deixai passar”.

Acabei de ouvir essa expressão dentro do molde de um conselho para que eu deixe a vida "rolar"... O que me encabulou, diante das minhas dúvidas e desolações, foi a permanência do sentimento de valor, preço, raridade que a vida ainda tinha pra mim... era impossível simplesmente deixa-la "rolar"... Como deixar rolar algo que me é tão caro, tão precioso?
Laissez faire... alguém disse... laissez aller, laissez passer... permaneceu durante tantos anos imortalizado pelos economistas o conceito do laissez faire, laissez aller, laissez passer: "deixai fazer, deixai ir, deixai passar.
O laissez faire foi, rapidamente, tomando forma... o laissez passer foi fazendo sentido e eu fui permitindo que a "liberdade" em se deixar fazer, ir e passar tomasse conta dos meus pensamentos.

O laissez faire tornou-se o chavão do liberalismo na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência. E eu me utilizo agora (seguindo o conselho da minha amiga) do laissez faire, laissez aller, laissez passer para abrir mão de alguns valores (permito o livre comércio) para q a vida possa correr solta, sem interferências, sem grilhões, sem tarifas alfandegárias...
... Que a vida corra livre... até que ela passe...

“deixai fazer, deixai ir, deixai passar”.