domingo, 8 de maio de 2011

Ana Karênina... Grande Expectativa!

Sexta feira, dia 06, o queridíssmo Sr. Nilo Rabi me emprestou, meio que forçadamente, a obra de Tolstói que eu tanto ansiava por ler: Ana Karênina (essas letras deveriam ser lindas e desenhadas à pena e tinta de nanquim). Esse título sempre me saltava nas prateleiras de livrarias e eu vivia folheando, mas nunca comprava. Não fizeram ainda a versão em Pocket e eu, sempre pobre, não queria comprá-lo antes de Ulisses (James Joyce) - que é outro sonhíssimo de consumo que não tem em pocket! Mas o universo conspirou favoravelmente até que Ana Karênina, em uma edição de luxo da ed. Suzano, chegasse às minhas mãos. Cheguei em casa, larguei as minhas leituras habituais e os meus deveres domésticos e sociais, faltei aula e iniciei a leitura! ... Que Boa Leitura! Leitura que é feita com os olhos vidrados, respiração dinâmica e suspiros! Ainda estou no início, mas a grande virtude de clássicos como esse é o encantamento que o leitor adquire, logo no início, pelo autor que decifra a personalidade humana e consegue extrair dos eventos mais corriqueiros e comuns do dia-a-dia, as reflexões mais densas sobre a humanidade. Tolstói, anteriormente em Senhor e Servo, já havia me arrancado suspiros e agora, não está sendo diferente. Ainda na primeira parte, eu já me pego olhando distante em direção ao teto e balançando a perna com a máxima velocidade que consigo, acho que na tentativa, talvez vã, de tentar acelerar meus pensamentos para absorver os pensamentos dele.