domingo, 12 de junho de 2011

Clube de Leitura

Pois é gente, essa postagem era pra estar sendo feita no meu <>, mas, por algumas questões administrativas que independem da minha administração, volto ao meu fiel e companheiro blog, que nunca me desampara nas horas das minhas carências "post'áticas".


E, assim, eu torno público o Clube de Leitura que ainda está num processo gestacional, por isso, sem nome! As pessoas que estão contribuindo para a geração, a formação e o nascimento desse filho (que, enquanto um outro não me vem, vai assumindo a função de preencher minhas ansiedades, fertilizar minhas idéias e ocupar a minha mente que vazia não presta!) são as queridíssimas e, agora, companheiras de leitura: Ana Cristina, Anne Baylor, Éden Gama, Flávia Coutinho e Uiana Correa. Brevemente postarei as fotos do nosso 2º Encontro, pois no primeiro, a gente se esqueceu das máquinas fotográficas.

Começamos com Clarice Lispector em "A Paixão Segundo G.H."  e nosso primeiro desafio está sendo o de entrar nos devaneios de G.H. E que desafio! G.H se desconstrói, se desorganiza, quer se esquecer, quer provar o gosto de suas origens, mas não quer se lembrar que pode sentir, pois o sentir já é ou foi algo construído. O eu lírico em Clarice é mais filosófico e reflexivo do que descritivo ou narrativo. A descrição é subjetiva e, quando é objetiva, faz duvidar quanto à sua racionalidade. Eu ainda estou na metade do livro e tenho que confessar que, o início me foi excitante, mas com o decorrer da leitura fui me desanimando e achando tudo muito confuso e irracional demais pra valer à pena. Mas é aí que está a incrível vantagem da insistência: quando menos se espera, a trama te toma nos braços e você já não quer mais ser abandonada e nem quer abandoná-la. A partir daí ela começa a te perseguir. É quando você começa a fazer associações com a personagem e a compreender suas percepções.

Tô louquinha pra terminar logo e G.H. já não me cansa, mas desperta minha curiosidade e minhas reflexões sobre o tão complexo e absurdo ser que chamamos "humano".